Aquele que medita tem de agir como um herói divino. Tem de servir e, enquanto serve, está a guiar. Está a servir a divindade na humanidade. É preciso enfrentar o mundo e não isolar-se nas cavernas dos Himalaias. Temos de atuar como heróis divinos no seio da humanidade. A humanidade é parte integrante de Deus. Se a deixarmos de lado, como é que vamos alcançar a divindade, que é parte integrante da humanidade?
O que precisamos é de transformação. Temos de aceitar o mundo tal como ele é atualmente. Se não aceitarmos uma coisa, como é que a podemos transformar? Se um oleiro não tocar no pedaço de barro, como é que o vai transformar num vaso? O mundo que nos rodeia não é perfeito, mas nós também não somos perfeitos. A verdadeira perfeição ainda não chegou, mas esperamos atingir a perfeição através da nossa meditação. Como é que nos vamos desfazer dos nossos irmãos e irmãs que são os nossos verdadeiros membros? Não posso desfazer-me do meu braço. Do mesmo modo, quando meditamos com alma, com devoção, temos de aceitar a humanidade como nossa. Temos de saber que a humanidade, tal como está, está longe, muito longe, da perfeição, mas nós também somos membros da humanidade. Temos de a levar connosco. Se estivermos em posição de inspirar outros, se estivermos um passo à frente, naturalmente teremos a oportunidade de servir a divindade naqueles que nos seguem. Temos de transformar a face do mundo com a força da nossa dedicação à divindade na humanidade. A meditação não é uma fuga. A meditação é a aceitação da vida na sua totalidade, com o objetivo de a transformar na mais elevada manifestação da Verdade divina aqui na Terra.