As qualidades do corpo, do vital e da mente.

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Quais são as qualidades predominantes do corpo, do vital e da mente?
Sri Chinmoy: O físico não iluminado gosta de permanecer inativo. A própria natureza do físico é ser inativo. O vital não iluminado é agressivo. Gosta de mostrar o seu poder. E a mente sem luz duvida e suspeita de tudo e de todos.

Se aceitarmos a vida espiritual, o corpo tem de ser ativo. Mesmo que no início corra na direção errada, pelo menos deve fazer algum movimento. O corpo tem de ser enérgico, mas não inquieto. O que podemos fazer? Deixem o corpo correr. Mesmo que não esteja a correr exatamente em direção ao objetivo, mesmo que esteja a ir ao lado do objetivo, mas que haja algum movimento. Se o corpo estiver a ir na direção errada,  alguém lhe dirá imediatamente: “Estás enganado  no caminho. Volta e começa de novo, corre no caminho certo”. Por isso, o corpo tem de ser enérgico. Neste momento, o corpo está a dormir vinte e quatro horas por dia. O corpo físico pode não dormir, mas ao que chamamos de corpo-consciência está a dormir.  Este corpo tem de se movimentar, tem de se levantar, andar e correr. Quando estamos levantados, se não estivermos a ir bem, o nosso ser interior dir-nos-á que não estamos a fazer a coisa certa.

O vital tem de se tornar dinâmico em vez de agressivo. Deve tentar energizar e inspirar os outros, em vez de tentar controlar ou destruir os outros.  O que é que o vital está a fazer? O vital tornou-se agressivo: quer destruir o mundo, destruí-lo absolutamente. Mas se este vital se tornar o vital dinâmico em vez do vital agressivo, então tentará energizar e inspirar a consciência física de outros que estão letárgicos. Dirá: “Não, não percas o teu precioso tempo! Levanta-te! Agora faz algo de bom para ti ou para a humanidade”. É isto que o vital dirá, o verdadeiro vital dinâmico.

Então a mente, a que mente suspeita, a mente agressiva, a mente duvidosa, se se tornar a mente divina que é iluminada pela luz da alma, esta mente iluminada dirá: “Sejamos vastos, sejamos infinitos.  Pensemos em nós próprios como o vasto céu ou o vasto oceano. A mente clara, pura e divina, a mente que é iluminada pela luz da alma, tornar-se-á vasta. Ela dirá: “Não posso ser limitado por nada; não suspeitarei de ninguém; não menosprezarei ninguém. Pelo contrário, expandirei a minha própria consciência e ajudarei os outros a expandir a sua consciência.